BENÊ SINGULANI
Santa Cruz do Rio Pardo-SP
Olá Pessoal
Falar sobre leitura é muito difícil para mim. Vim de uma
família simples e muito pobre, sempre moramos na zona rural. Meu pai é
analfabeto e minha mãe cursou o antigo primário. Somos seis irmãos das quais
duas irmãs não sabem ler, apenas copiam, mesmo tendo frequentando a escola e o
antigo nobral. Sempre me destaquei por minha vontade em ser diferente e com
muito orgulho posso dizer que chegarei lá.
Meu primeiro contato
com os livros foi a Cartilha Caminho Suave. Sempre gostei de estudar, mas com
pouco acesso as informações, quando frequentei o ensino fundamental I e II, não
tinham acesso à biblioteca, a professora era quem dava os livros para que
pudéssemos ler para a prova, pois a biblioteca sempre estava fechada. Hoje
tenho acesso a revistas, jornais, livros, etc. Está faltando tempo. Há dois
anos atrás li o livro “O Diabo dos números” – Hans Enzensberger
e fiquei encantada. Todos os sonhos do menino do livro pareciam ser os meus, foi
muito bom. Hoje Leio muito, todas as informações voltadas para o cotidiano,
infelizmente o tempo é muito curto.
CLAUDIA DA SILVA VELLOSO BRAGA
Santa Cruz do Rio Pardo-SP
Olá, não tive incentivo em ler ou estudar, meus pais além de deficientes auditivos, não tiveram muito estudo, e desde pequena frequentei a escola por indicação médica, para estimular a minha fala. Foi na escola que descobri o gosto pela leitura, na 2ª série tive uma professora que lia um livro por semana sempre no final da aula. Um livro que me marcou foi “Lucia já vou indo”, até comprei ele depois de adulta para guardar de recordação. Não gostava de ler aqueles livros em que tinha que fichar. Gosto muito de ler romances, principalmente os espíritas.
Hoje incentivo muito meus filhos a lerem, e um dos programas de família que eles mais gostam é quando vamos em livrarias grandes, passamos horas folheando livros, e sempre saímos com livros de lá, pena que não tenho condições financeiras de comprar muitos.
ALESSANDRA CRISTINA DA SILVA CAMPANHA
Santa Cruz do Rio Pardo-SP
Eu não tive a
oportunidade de ter contatos com livros ou outras fontes de leitura desde
pequena, não me lembro, mas acredito que somente depois de ir pra escola. Meus
pais eram muito simples, sem estudo e não me passaram este hábito. Quando meu
primeiro filho nasceu comprei tantos livros que quase não dava conta de
ler todos para ele. Tenho muita dificuldade na leitura, não tenho boa
interpretação e por aí imaginam a dificuldade que tenho para escrever. Hoje me
esforço o máximo para ler. Já estou lendo o segundo livro este ano.
ALCEU SERGIO PEREIRA
Ibirarema-SP
Falar de leitura para uma pessoa que
gosta de números, para uma pessoa da área das exatas nem sempre é fácil, pois
temos a "mística" de quem gosta de números não gosta de ler, mas no
meu caso isso foi um pouco diferente.
Sempre gostei de ler, no ensino
fundamental, lia vários livros. Minha professora de Português sempre cobrava
fichas de leitura, não gostava muito de Matemática, mas a proximidade com uma
professora me fez ver a Matemática com outros olhos, tanto que já fiz até
mestrado na área. A leitura me auxiliou, e, auxilia até hoje na interpretação,
na escrita e na argumentação acerca de vários assuntos que conversamos ou
discutimos no interior, ou até mesmo fora do contexto de nossas escolas.
Incentivar o hábito de leitura, um
grande desafio que temos na atualidade.
ANA BEATRIZ ZILIO GOES
Santa Cruz do Rio Pardo-SP
ANA BEATRIZ ZILIO GOES
Santa Cruz do Rio Pardo-SP
Tinha apenas 6 anos quando entrei na "1º série", e
minha saudosa MÃE, Profª Célia R. Belei Zilio temia que eu não acompanhasse.
Todos os dias antes de sair para " dar aulas" em Piraju, em torno de
05 h 30 min. da manhã ela entrava no meu quarto,colocava a mamadeira em minha
boca( mamei até os 7 anos) e sussurrava em meu ouvido: " Mamãe deixou
separada a atividade de hoje" se referindo à leitura que teria que fazer
naquele dia, de uma coleção de 4 livros da Disney( um livro de cada estação do
ano e cada livro continha histórias daquela estação), que naquela época (1985)
era vendida nas casas de porta em porta.Tais atividades poderiam ser feitas de
2 maneiras: a 1ª era contar para ela o quê aquela historinha falava ( eu me
sentia quando via ela fazer "cara" de surpresa com o que eu escrevia)
ou a 2ª maneira que era através de um desenho e pintura relatar o assunto. Foi
assim que tomei hábito e gosto pela leitura. Tenho guardado até hoje algumas
dessas atividades que ela separou.Já fez 6 anos minha mãe "se foi" e
meu filho tinha apenas 1 ano e 8 meses , mas até hoje ele lembra que os
primeiros livrinhos (de banheira) foi ela quem deu. Sigo o exemplo de minha mãe
e meu filho adora ler.
ADRIANA REGINA OBRELI CORREA
Salto Grande-SP
Não sei dizer exatamente quando tive meu primeiro contato
com os livros. Minha mãe era PEB I e eu frequentava a biblioteca da escola onde
ela trabalhava antes de ser alfabetizada. A escolha dos livros era feita
através das ilustrações. Em casa, minha mãe lia as histórias pra mim. Também
tinha livros infantis, gibis, livros didáticos e revistas em casa. Sempre fui
incentivada a ler. Meu sonho era aprender a ler e escrever. Hoje, quando lembro
de minha mãe, sinto muita saudade daquele tempo em que lia as histórias pra
mim. Cada personagem tinha uma voz diferente. Eu segui o exemplo de minha mãe e
meu filho também gosta de ler. Em casa somos todos leitores. Muitas vezes
estamos todos lendo ao invés de assistir televisão. Meu marido adquiriu o
hábito da leitura após o casamento e hoje já não sei dizer quem lê mais em
casa.
ANA LUCIA NEGRAO FERNANDES ROBLES
Ourinhos-SP
Quando
lembramos como tivemos os primeiros contatos com a leitura e escrita,
observamos que o foco principal é a base familiar. Os livros eram indicados por
faixa etária. Os laços familiares fazem com que a diferença na educação seja
refletida quando começa a frequentar uma sala de aula. Ao abrir um livro, o
zelo, procurar cuidar ao máximo, pois sabem que outros passarão por essa série
e irá utilizá-lo. Acho difícil a leitura de livros pela internet superar o
folhear das páginas para viajarmos em um mundo de sonhos. Pelos depoimentos dos
diversos segmentos da sociedade (11), a literatura nos move para a busca de
sentimentos, a melhoria do ser humano, regras com consciência, respeito à
natureza; credo, liberdade de expressão oral e escrita.
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